Nos últimos dois anos que antecederam o diagnóstico, o meu corpo, mais precisamente as minhas articulações, informaram-me constantemente de que o ritmo acelerado do meu dia-a-dia, o estilo de vida em constante stress, ou seja, a forma como a minha vida estava sendo conduzida em todas as áreas não era a ideal. E sabem qual foi a minha resposta? Ignorei, deixando mais uma vez para depois…

Quando o sofrimento se tornou constante, quando já não conseguia conduzir de tanta rigidez nas mãos, quando os joelhos já não  permitiam – me mais caminhar de tanta inflamação, adivinhem qual foi a minha reação? Procurar apenas a ajuda de um médico que entupiu – me de anti-inflamatórios e cortisonas de forma a camuflar tudo o que sentia,  abafando a tal voz e o pedido de ajuda do meu corpo.

Mesmo com toda a terapêutica medicamentosa, mesmo com práticas regulares de exercício físico, mesmo com uma alimentação exemplar, as crises aumentaram até um ponto que já não era possível suportá-las mais. Até um ponto em que tinha de desmarcar compromissos profissionais por não conseguir mexer – me. Até um ponto onde não conseguia sozinha amamentar o meu filho ao colo, onde passava noites e noites em branco sem posição confortável para dormir, em que a dor de tão intensa, rompeu todos os circuitos da minha audição emocional, calando os berros do meu ego, o que permitiu – me escutar essa voz, que dizia bem baixinho, como um sussurrar: PRIORIZA – TE!

Esta foi uma das lindas mensagens que através de uma doença o meu corpo expressou.

Desde então, estou atenta as dores, desconfortos, sintomas, sentimentos e emoções. Essa é a linguagem do corpo. Muito antes do diagnóstico de uma doença, ele avisa – nos através desta linguagem.  Hoje, estabeleço uma comunicação regular com ele e ouço com prioridade as suas lindas mensagens. 

Aprender a ouvir o meu corpo foi para mim o primeiro passo para criar uma saúde sustentável.

Costumas ouvir o teu corpo?

O que ele tem para dizer – te neste preciso momento?

PRIORIZA – TE💜.