Porque será que um sistema não reconhece os tecidos de um outro sistema do mesmo organismo?
Porque um sistema que tem como sua principal função defender e proteger o corpo que o abriga, ataca o?
Quando e onde esse comportamento de mim contra mim mesma começou?
A partir do momento em que recebi o diagnóstico, essas foram alguma das dezenas de perguntas que inundaram a minha mente. Perguntas que me fizeram navegar em mares escuros, tal e qual um barco a deriva numa noite de mar revolto. Despertaram em mim emoções de vazio, revolta e medo que paradoxalmente me conduziram a uma jornada de descoberta sobre mim, sobre o meu corpo, sobre as doenças, sobre a minha luz. Descobertas que se traduzem hoje em conhecimentos e ferramentas que aplico em mim, na minha família e nos meus “atletas” e que nos têm permitido viver e desfrutar da bênção de um um corpo em paz, um corpo feliz, no seu mais autêntico estado de cura.
Partilho convosco 3 de algumas das aprendizagens que integrei com essa experiência:
1. O passado!! Ainda muito menina, eu escolhi uma forma muito específica de reagir as emoções sombrias que me eram apresentadas pela vida através da minha relação com o outro, com o mundo. Ao repetir esse padrão por mais de 30 anos, fui sinalizando, informando ao meu corpo através de um sistema complexo e integrado de comunicação emocional, hormonal e de neurotransmissores que tipo doença eu iria desenvolver.
1ª aprendizagem: Nós escolhemos as nossas doenças.
2. É sempre sobre mim!! Não são os outros que me rejeitam, não são os outros que me fazem mal e me atacam, não são os outros que me querem destruir. Fui eu que andei durante anos a lutar contra mim mesma, a rejeitar me, a abandonar me, a me colocar em último lugar na minha vida. Não é sobre o que o outro faz, é sobre aquilo que eu sinto perante ao que o outro faz. O outro é apenas um reflexo.
2ª aprendizagem: As doenças são a materialização fisiopatológica da ausência de amor próprio.
3. O corpo!! O físico é onde em última instância se manifesta a missão da alma. Quando existi a necessidade de uma doença se condensar nesta dimensão é porque por anos ela já andava a se desenvolver em territórios mais profundos e por não darmos a atenção devida a esses lugares menos visíveis, é necessário promover um impacto mais forte, para que estes recantos e tudo que nele contém sejam vistos, sejam amados e reconhecidos também com meu. Por amor, em prol de nós próprios, somos submetidos a uma dor maior para então olharmos para nós.
3ª aprendizagem: Tal e qual a vida, as doenças são sempre sobre o amor. Amor com dor ou amor sem dor.
Andamos aqui a serviço de algo muito maior, muito superior ao que acreditamos ser as nossas verdadeiras metas (filhos, relacionamentos, realização profissional, bens materiais, etc). E é assim que o fluxo da vida que também é o fluxo do amor se encarrega de nos lembrar através do corpo, da doença, da dor… lembrar de resgatar, de dignificar e de aceitar essas partes nossas que foram sendo deixadas para trás, que ficaram paradas no tempo até que estejamos conscientes e capazes de honrar o corpo que temos na sua integridade através da união de todas as suas partes💜.
Um Corpo em boa condição física, emocional, psicológica e espiritual é o requisito essencial para uma vida de Felicidade. Vamos cuidar do teu?