Passei a vida a trabalhar para dar de tudo aos meus filhos e agora que estou velho me abandonam/ Quem se abandonou primeiro para dar de tudo aos filhos?
Minha filha está sempre aos gritos e não tem a mínima paciência e respeito por mim/ Com quem será que ela aprendeu a desenvolver esses comportamentos na prática?
Ofereço as prendas mais caras aos meus netos e eles não me ligam e nem me dão afeto/ Quer receber afeto ou está comprando afeto aos seus netos?
Me sinto cada vez mais só, meus amigos todos já morreram/ E já não existe mais ninguém para se relacionar no mundo, para fazer novas amizades?
Nos dias que correm vivemos uma síndrome epidêmica e silenciosa que assola grande parte da humanidade. O DAP (síndrome do Déficit de Amor Próprio, by Sandra Matos). Ela tem seu inicio nos primórdios anos de nossas vidas quando começamos a ser educados para viver de acordo com as regras de uma sociedade que se baseia num paradigma completamente materialista/separatista como sinonimo de felicidade.
No intervalo entre o nosso nascimento até a fase adulta, somos adulterados em todos os níveis para atender as expectativas dos nossos pais, dos nossos educadores, dos nossos amigos… o que nos leva a viver com foco em tudo que existe fora, no outro. Para receber amor da minha família eu devo me comportar de uma determinada forma, para ser aceite num determinado grupo devo fazer o que todos fazem, para ter sucesso profissional eu devo estudar e me formar, para ter um relacionamento feliz eu preciso me casar, ter filhos… e a lista é interminável, pois são muitas as programações mentais (crenças limitantes) a que somos submetidos desde a infância e que pouco a pouco vai nos afastando do que realmente somos, da nossa autenticidade.
E quando envelhecemos, não é porque ficamos velhinhos com cabelos brancos, que de repente nos tornamos santos, injustiçados. Nesta fase, que é a altura das últimas colheitas de tudo que semeamos, fica claro como muito de nós se relacionou ao longo da vida com o que considero ser o maior, mais importante e o único propósito dessa caminhada: A minha vida!
Como me amar se não aceito em mim o que não se encaixa dentro dos padrões sociais? Como dar amor, respeito, afeto ao outro se não me amo, não me respeito, não me dou afeto? Como dar algo ao outro se esse mesmo algo não é cultivado dentro de mim, por mim e para mim?
Exigir ser a prioridade de alguém, quando eu próprio não me priorizei ao longo da vida, me vitimizar, me colocar como coitadinho, comprar afetos e presenças através de heranças e presentes caros, etc… são atitudes de baixa vibração energética que vão atrair atitudes e comportamentos externos do mesmo nível (3ª lei de Newton: Principio da Ação/ Reação).
No entanto, a cada amanhecer lhe é concedido mais uma maravilhosa oportunidade para experienciar a sua autenticidade, e se você por aqui ainda anda, independente da sua idade, nunca é tarde para rever esses padrões adulterados (crenças limitantes) no qual somos todos submetidos e então partir em busca de sua essência.
Mais vale viver apenas 1 dia de sua vida que justifique todos os outros do que todos os dias que não justifique nada💜.
Desejo a todos profundas reflexões e nos encontramos no 3º “A”.
Um Corpo em boa condição física, emocional, psicológica e espiritual é o requisito essencial para uma vida de Felicidade. Vamos cuidar do teu?